por Débora Evangelista
São muitas as camadas a serem transpostas nos campos mórficos criados pela mente humana. Ser um cocriador implica em responsabilidades e estas nem sempre são cobradas a curto prazo, a ponto de haver um entendimento exato sobre o que de fato cabe a cada um realizar em um momento de crise pessoal ou coletiva. Criar pode parecer difícil, mas dissolver as criações pode ser muito mais. Exige perda de padrões e de uma série de outros apegos que alimentam estes campos de energia criada. O mais delicado em todas as transformações pelas quais este Universo já passou, continua sendo justamente obter equilíbrio no ato de mudar a forma de observar e atuar sobre os acontecimentos. A tendência é tentar extirpar o mal ou o incômodo procurando tornar uma coisa outra que não a sua própria natureza, descartando a oportunidade de cada coisa evoluir dentro de sua essência e natureza. Perceba que em todos os movimentos que antecederam o atual, sempre houve uma repetição de temas. Tentativas de transformar a partir dos mesmos pressupostos originados na cisão entre o homem e sua divindade apenas alimentam o ciclo, impedido um olhar mais amplo para o que existe além do fenômeno. Em momento algum a humanidade revelou alguma maturidade evolutiva para tratar de seus problemas sob o enfoque do humano mais neutro, liberto de culpas, medos e apegos, com autonomia para reconhecer-se pleno e íntegro em sua natureza essencial e capacitações derivadas delas. Para a grande maioria de nossa humanidade a cisão entre corpo-mente e emoção permanece sempre sustentada pela eterna promessa de um vir a ser como solução. A pergunta que nos resta é como efetuar uma real mudança se o mundo interno de cada indivíduo ainda se encontra tão “refém de suas referências”. Um bom caminho pode ser cessar o antigo hábito de apontar o dedo para o que seja certo ou errado e treinar um olhar para o que existe além, para o que é devido, para o que deve ser resgatado e para o que pode ser construído. Infinitas possibilidades brotam do mistério que é estar vivo. Não se contente com o aparente, mergulhe fundo em si mesmo e traga à tona o seu melhor. Lindo dia!
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