por Débora Evangelista
Nem sempre será possível compreender as atitudes alheias se você não tiver um olhar compassivo. Este olhar é um observar livre de preferências ou interesses pessoais. Trata-se apenas de um olhar sobre um alguém que diante de uma situação se revela e expressa a sua possibilidade naquele momento. Quando você entende a transitoriedade das necessidades e expressões da persona, você abdica das avaliações precipitadas, da necessidade de opinar sobre a vida de alguém. Naturalmente adquire maestria sobre os humores deixando de reagir a partir do externo, liberando o mundo de suas próprias impressões, necessidades insatisfeitas e motivos justificados. Assim feito, você passa a desfrutar de um frescor de liberdade e de muito espaço pois na liberação das percepções sobre a conduta alheia, você se liberta também da projeção daquilo que são as suas próprias criações e percepções. Estes conteúdos projetados retornam a você como uma autocrítica velada que age no inconsciente minando a sua energia criativa, impondo a si mesmo as mesmas regras, críticas e julgamentos que você projetou sobre o mundo. Abdicar deste olhar estreito e autorreferente significa um verdadeiro ato de amor próprio. O que você concede ao outro é sempre o que você concede a si mesmo. Simples assim, amoroso e compassivo. Lindo dia!
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