por Débora Evangelista
Na ordem das coisas, o antigo precede o mais novo, orientando e encaminhando. O mais novo, inexperiente do agora, colhe as experiências e as transforma, dando atualidade a energia herdada. Isto sempre acontece quando os egos estão arrefecidos, onde uma geração reconhece o valor da outra e onde impera o respeito mútuo. Atualmente, diz o mestre, existe uma lacuna profunda entre as gerações, onde o mais novo considera que seu aprendizado e validação sejam concedidos apenas por uma graduação acadêmica, abandonando outras fontes de recursos e potenciais humanos dentro e fora de sua família. Com o passar dos anos e do desenvolvimento industrial e tecnológico houve uma transferência na forma como o conhecimento, a sabedoria e o poder são transmitidos. A aparente modernização e institucionalização da vida, apenas tornou a lacuna maior, já que os problemas humanos se agravaram com o decorrer dos anos evidenciando uma grave cisão entre aquilo que representa o antigo e aquilo que representa o novo, patrocinada pelas dicotomias entre ciência e espiritualidade, entre Céu e Terra, entre homens e mulheres, entre pais e filhos e toda ordem de aparentes polaridades. Não houve uma atualização ou aprofundamento no trabalho do Ser, mas houve uma ênfase no trabalho do Ter. Assim, os temas mais complexos que precisariam ser trabalhados em família e com mais profundidade nas individualidades, levando em conta a evolução, a possibilidade de aperfeiçoamento do ser humano, foram deixados de lado e o mundo externo venceu mais uma vez. O homem pilota e monitora o mundo por dispositivos incríveis, mas não sabe o que mora em seu coração, em sua psique. O período tem trazido à tona muitos problemas de ordem familiar. O mesmo acontece em outros grupos que constelam as mesmas projeções familiares em seus parceiros de trabalho, amizades, círculos e grupos espirituais. O confinamento trouxe uma visão micro e macrocósmica da família e do indivíduo. Todos os setores da vida que estavam ativos e promoviam um distanciamento aparentemente saudável e uma dissolução ilusória dos conflitos pessoais foram vetados, e a convivência excessiva passou a ser o único modus operandi em um cenário disponível para abrigar todas as presenças e egos sem filtros. O período inicial do ciclo pandêmico pode ser caótico, mas pode hoje demonstrar onde estão os pontos de conflito, onde falta comunicação e entendimento, onde existe um trabalho sobre si mesmo a ser realizado. Se o ser humano puder aproveitar este momento para olhar para dentro, então haverá uma grande e significativa mudança. Esta mudança é muito profunda e precisa de vontade, reconhecimento e presença para que seja possível dar o primeiro passo rumo a uma vida mais pacífica, harmônica, integrada e feliz. O ser humano, durante a sua história esteve e continua procurando soluções onde elas nunca estiveram. Observe a linha do tempo e faça já a sua transformação pessoal. Honre seus antepassados e atualize a energia que você recebeu como herança. Absolutamente tudo tem o seu valor e lugar. Novamente depende de você! Lindo dia!
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