por Débora Evangelista
Karma significa movimento, são as ações que provocam reações iguais ou contrárias e que criam a roda do samsara, a chamada roda das reencarnações. As ações são alicerçadas em corpo físico, mente e emoção. Portanto, cada pessoa, de acordo com suas crenças e individualidade possui suas próprias razões e repertórios para nortear o seu reagir, o seu criar e sua evolução ancorados em seus próprios pressupostos. Portanto é muito difícil julgar os atos alheiros, porque eles são repletos de crenças, motivações pessoais e energias de retorno. Tentar mudar o outro a partir dos seus próprios pressupostos significa entrelaçar-se às criações alheias e isto nunca é inteligente. A tessitura que cada um realiza pode originar um desenho coeso e luminoso, mas também pode ser um emaranhado de fios desconexos com muitos nós a serem desatados. Por isto podemos dizer que o karma pessoal para ser transmutado precisa antes de tudo passar pela consciência do próprio indivíduo, precisa ser trazido à luz. Aspectos negados ou inconscientes apenas permanecem oferecendo os mesmos “prints” na forma de reagir diante das complexas situações da vida. O que se pode fazer em relação ao karma, que é uma energia que sempre se deriva do passado, de uma ação anterior, é cultivar novas ações baseadas em uma consciência que seja criadora de novas realidades e não de uma mente, emoção e hábitos repetitivos que geram sempre os mesmos ciclos de ação e reação. O autoconhecimento o conduz para um campo que se encontra muito além do comportamento aprendido e repetitivo. É a iluminação quem quebra os ciclos. Lindo dia!
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