por Débora Evangelista
Quando você vai conduzir alguém em uma sessão de terapia, seja em grupo ou seja individualmente, se faz muito importante lembrar do ensinamento do mestre tibetano. Ele ensina sobre o silêncio e a visão perfeita. A visão perfeita é a capacidade do terapeuta de sustentar a visão de perfeição e cura apesar de todas as queixas e sintomas físicos, emocionais, mentais ou espirituais que o Ser atendido lhe apresenta. Sustentar esta visão é atender por e pela essência, é conduzir a terapia compreendendo que o Ser está imerso em um campo de infinitas potencialidades e que eles precisam juntos, reconhecer e ampliar isto, no tempo, na linguagem e nas possibilidades do Ser e do próprio terapeuta. O silêncio, no ensinamento do mestre, é a discrição, a confidenciabilidade, o zelo pelos conteúdos compartilhados na sessão, a ética moral e espiritual do terapeuta, a reverência ao grande oceano que permeia toda a existência. O mestre ensina que comentar os conteúdos da sessão com o grupo de apoio ou outros, como um “case” significa reiterar a energia que foi constelada na sessão e desrespeitar o processo do Ser atendido. Ser terapeuta significa muito mais que usar técnicas, acumular cases de sucesso ou algo do tipo. O resultado é sempre daquele que buscou a terapia e permitiu-se caminhar no próprio processo de individuação. Ser terapeuta é trabalhar silenciosamente, zelando a palavra dita, a memória dolorosa, a exposição das fragilidades, dos segredos revelados, das vitórias e das conquistas. O caminho do terapeuta é silencioso, um observar sereno e isento de julgamentos. Assim, silêncio e visão perfeita podem ser praticados favorecendo quem é atendido e quem atende. Esta relação entre o terapeuta e o Ser atendido é única e precisa de espaço seguro, conhecimento, experiência, privacidade, confiança e ética para florescer em saúde, amorosidade e consciência. Lindo dia! #terapiaslifeawareness#mestretibetano#terapia#terapeuta#Ser#atendimento#ética
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