Por Débora Evangelista
As perdas provocam rachaduras para que você olhe para seu coração ferido, e para que além do sentir, você encontre transformação e motivo para prosseguir. As rupturas que as perdas trazem oferecem oportunidade de transbordo dos sentimentos velados, da impotência frente a novas ordens de vida, das necessidades e da impermanência que torna uma coisa em outra, facilmente. Mesmo que você tenha lido tudo sobre impermanência, a vida fará você sentir no coração a ausência, a princípio um espaço forjado na dor, no assombro, e depois um espaço para recriar outra pulsação, agregando todo o sentir, não negando parte que tenha deixado a falta e nada que surja de novo. Porque ao humano foi dado um coração para amar sempre, mesmo que ele tenha perdido tantas e tantas vezes. Ao compreender sua força amorosa o Ser já não se abate tanto com aquilo que impermanência retira ou provê. Percebe-se tão integrado as diversas dimensões que sabe que movimentos são necessários, aprendizados preciosos que se deslocam na roda do tempo, como eventos entrelaçados de amor divino. Assim, todo encontro e toda despedida é motivo de graça e oportunidade. Eles são grandes guias na impermanência. Lindo dia!
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