por Débora Evangelista
Talvez não sobre algum tempo para olhar o que acontece. Talvez você esteja tão identificado com a sua mente, suas metas e problemas que aquilo que realmente precisa de atenção não seja a sua prioridade. Talvez o dia esteja passando desapercebido em meio às tarefas da carreira, dos excessos, da correria e a enorme lista de desejos autoimpostos para serem desfrutados em um futuro distante. E de repente algo o traz para o agora e você percebe que os filhos cresceram, os pais envelheceram, os amigos se foram e você também passou a vida sem perceber, sem desfrutar, sem encantar-se com esta oportunidade. Estações se passaram, Sol nasceu, Lua chegou várias vezes e você se perdeu da capacidade de vivenciar os ciclos, de sair da mente, de viver a simplicidade, de ser apenas comum. Este não é um texto sobre medo, sobre perdas, sobre punições ou culpas. É sobre ser você mesmo sem tantos compromissos e verniz. É um texto sobre vida, sobre a forma como você deseja viver e com quem realmente você deseja estar. E como deseja estar. Nem sempre tudo sairá do jeito que você deseja e isto é muito bom. Nem sempre você conseguirá ser tudo para aqueles que solicitam você. A vida impulsiona experiências. Abra-se ao criativo, desfrute do momento, mova-se para o futuro a partir desta presença. Vida boa será sempre garantida, a satisfação de todos os desejos nem sempre. Algumas vezes eles encobrem a felicidade instantânea. Observe muito, seja uma testemunha integrada na vida e celebre. Diante da eternidade, a passagem por aqui é breve. Aproveite a estada por aqui. Desfrute, seja comum. Lindo dia!
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