Por Débora Evangelista
Quando a mente sobrepuja a emoção, o desequilíbrio se instala desapercebido sob a máscara do “sei tudo” e do “está tudo bem”. Porém a emoção não reconhecida e represada começa a dar sinais, sintomas de que algo não está bem, embora você não perceba. Começa por uma súbita inapetência à alegria e beleza da vida, um automatismo adotado como parte da rotina e a atitudes compensatórias e compulsivas como forma de controlar e sustentar posicionamentos. O coração envia mensagens mas a mente está presa naquilo que o ego elegeu como o melhor para si mesmo. Neste cenário, a iminência de uma crise, de saúde, afetiva, familiar ou financeira chegam como forma e consequência. Consequência da ruptura entre mente e emoção e forma de resgate da personalidade, vítima de esgotamento dos recursos criativos. Em tempos de mudança, o mundo externo parece começar a sucumbir porque os modelos mentais que ofereciam significado para o funcionamento das coisas entram em colapso. Ocorre uma quebra no status instalado e será justamente por esta fenda que as emoções represadas poderão emergir para serem reconhecidas e integradas. Este processo, em menor ou maior proporção, acontece sempre que você dissocia mente e emoção. Lindo dia!
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