Por Débora Evangelista
Problemas nos relacionamentos são sempre tema de conversas e terapias. A busca de conciliação entre ideias e condutas opostas ou diversas sempre atraem a todos, afinal todos desejam viver em paz e harmonia na família, no trabalho e na sociedade. Muitas escolas filosóficas e espiritualistas colocam os relacionamentos como grande palco para aprendizados. E isto pode sim ser muito verdadeiro se assim você perceber e praticar. Ninguém está fadado a viver no mesmo padrão eternamente, mas para compreender o outro e reverter positivamente uma situação, será antes necessário compreender a si mesmo. Hoje quero trazer uma lente de aumento para os relacionamentos abusivos, onde o aprendizado já não se efetua mais em um nível sadio, mas onde as relações passam a se tornar patológicas e portanto, perigosas. O sinal de alerta emerge quando os limites são ultrapassados e há uma confusão de níveis, onde os dramas de controle sobrepujaram a amorosidade. O ego se adianta como senhor da razão e a possibilidade de harmonia se torna esgotada. A energia se represa nos centros de consciência inferiores e o inconsciente se projeta. Esta “descida aos infernos”, como dizem os antigos chineses, traz à tona aquilo que deve ser trazido a luz e curado: vícios, ansiedade, confusão sexual, sofrimento, carência, vitimização, competição, agressividade, controle, impaciência. Neste cenário o ego se apropria como senhor todo poderoso e dono de sua razão e comando. Nem sempre se torna possível sair destas situações sem um apoio terapêutico. Aqui não se trata simplesmente de aprendizado de vida, mas de emergência psíquica e espiritual. O mundo humano, que é o mundo de amor, relacionado ao quarto centro de energia, o coração, deixa de ser o propósito. O mundo animal sobrejuja a sanidade, a sombra é projetada no outro. Quando o desamor e o poder se tornam os parceiros ocultos das relações será preciso buscar ajuda. Não se demore, não sobrepuje o inconsciente. Ele pode se tornar destino se não for reconhecido e trabalhado. Lindo dia!
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