Por Débora Evangelista
A mente sempre vai te levar a pensar naquilo que você não tem. E o desejo vai aparecer e te incomodar muito porque todo desejo não satisfeito pode virar tormento. Este é o princípio básico do sofrimento. Você se torna refém do desejo e começa a contabilizar como em um jogo, a sua performance e a dos outros, com a justificativa do desafio e da conquista daquilo que parece lhe fazer falta. Saudável é se você realmente sabe o que busca e se isto faz sentido, se traz saúde, alegria, paz e pertencimento a você e aos outros. Insano, é se você apenas pretende preencher seu vazio, acumulando expectativas, buscando aquilo que parece faltar. Neste caminho patrocinado pelo ego, é normal que a sensação de ganho acabe por tornar-se efêmera ou inatingível. Também é comum que o cansaço, a ansiedade e a frustração se apresentem sinalizando que “ainda não aconteceu”, o desejo não foi satisfeito. O que a princípio era a excitante busca torna-se depois mais vazio e novas necessidades, a famosa reprogramação, o mesmo print de sempre, travestido de novas justificativas. E assim, o jogo continua. Talvez em algumas situações de carência, de queda ou de pico, seja oportuno perguntar a si mesmo se você precisa daquilo que não pode ter. Algumas vezes este objeto de desejo encobre algo muito profundo. Talvez hoje seja um bom dia para apenas agradecer tudo aquilo que tem. Parece simples e pouco sedutor? Experimente! O poder do simples é altamente efetivo e te presenteia com muitas possibilidades, nem sempre inventariadas pelo ego que via de regra elege um tema, justamente aquele que vai lhe roubar o seu melhor tempo: o agora. O coração agradecido opera milagres. Pratique a gratidão! Lindo dia!
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