Por Débora Evangelista
A menos valia sinaliza que a vergonha tóxica pôde estar presente em algum momento de sua vida. Quando você vive algum tipo de situação vexatória, acaba por ter a memória emocional impregnada desta sensação onde sua individualidade foi corrompida, onde você se sentiu exposto e vulnerável, sujo ou inadequado. Infelizmente na infância é muito comum este tipo de experiência acontecer. Nem sempre os primeiros envolvimentos emocionais com o mundo são considerados importantes ou existe o apoio necessário. Até porque a vergonha é nociva por ser tratada como algo tão errado ou oculto que não se pode demonstrar ou falar sobre as situações que a originaram. A criança começa desde cedo a aprender a não expressar suas dores ou desconfortos, pois a vergonha é algo difícil de ser compartilhada, inclusive entre adultos. Este tipo de experiência, não se trata de timidez, mas de extrema vulnerabilidade, de repressão, de confusão, de abuso no ambiente, sob forma de crítica, deboche, violência. A criança pode ser vítima de brincadeiras que abalam sua integridade. É possível que a vergonha fique muito bem enterrada no inconsciente, intoxicando o sistema interpretativo emocional da vida, minando a energia do adulto, contaminando o seu agora de forma oculta, atraindo novas experiências semelhantes, perpetuando o trauma com episódios diversos ou derivados. Lidar com a vergonha tóxica significa ter coragem de enfrentar a solidão e o abandono vividos naquelas situações, é resgatar a dignidade do ser que foi ferido, é trazer à luz uma dor escondida, é lavar a alma nas sublimes águas da verdade e da compaixão por sua própria história. Este processo funciona como uma cura profunda, onde a abordagem terapêutica do tema no tempo presente traz a possibilidade de compreensão, liberação e de um novo começo. Lindo dia!
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