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por Débora Evangelista

Depois que o desejo é satisfeito, seja ele de que ordem for, um outro o substitui. O desejo pode até ser usado como um aparente tipo de combustível evolucional, mas pode também se tornar um vicio, algo que parece levar você a um lugar melhor, mas que sempre o remete para um lugar mais longe de si mesmo. Os desejos convidam os sentidos para ficar ali, preservando interesses e crenças, trabalhando na sucessão de seus projetos sem fim. E os sentidos vão obedecer e brigar com a mente que questionará este status e com o tempo argumentará a favor e na preservação deste curto circuito existencial. Aqui não se trata de abandonar ou negar os desejos, mas compreender a sua natureza efêmera. De posse desta compreensão, o propósito pode se unir ao desejo e boas coisas podem ser realizadas com energia vital, tenacidade, com integralidade e sem apego a resultados que não cooperam com uma vida plena e feliz. Se existe uma busca, é necessário que haja o encontro. Não se seduza por tudo que parece brilhar e satisfazer o ego. Dor e prazer se alternam no jogo dos desejos. Por isto ele não acaba nunca. Porque a dor não sentida, não trabalhada, leva você a desejar o polo oposto, que é o retorno ao prazer. Pode ser mais de qualquer coisa que amortize e compense a dor, como mais trabalho, sexo, comida, dinheiro, jogos relacionais, ou qualquer status que ofereça energia, poder e sustento. O aprendizado sobre suficiência requer não apenas o equilíbrio do querer e da gestão sobre os desejos. Aqui se trata de um caminho interno, de autoconhecimento, de busca de autossuficiência, de consciência desperta nas escolhas. Este é o maior desafio do ser humano, sair da roda de samsara. Existe vida além da dor e do prazer. Lindo dia!

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