por Débora Evangelista
Ninguém além de você mesmo poderá arcar com as suas desilusões. Normalmente elas são fruto de desejos exagerados, de sonhos e ambições projetadas. Aqui não se trata sobre tenacidade, confiança e esperança que são parte de todo sonho, de todos os projetos. Aqui se trata de projeção, ansiedade e expectativas. Será preciso observar bem e trazer à luz as motivações inconscientes que o conduzem a estas situações. Este é um processo libertador, mas bem dolorido ao ego. A desilusão é a forma da vida dizer que você exagerou, superestimou, mensurou algumas situações de forma equivocada. O desejo intenso de vencer, de ganhar primeiro, de ser mais rico, mais bonito, mais popular, mais amado ou mais eficiente não funciona quando você não constrói este caminho. Ao adotar uma mente mais simples, quando perceber que sempre há o suficiente, quando perceber que oferecer com verdade significa também receber o necessário por já estar repleto, então você terá compreendido a árdua e bela lição que as decepções e desilusões trazem. A maioria das vezes responsabilizamos outras pessoas pelas nossas decepções, por aquilo que “não deu certo” . Terceirizar aqui é confortável ao ego. Nem sempre o outro poderá atender nossas expectativas, ou colaborar em nossos jogos mentais. Muitos litígios derivados de motivações ilusórias deixarão de existir na vibração das coisas mais elevadas e sutis, onde menos é sempre mais. Tenha coragem em caminhar para além das ilusões. “Se você não tem alguma coisa, diz o mestre, é porque você não precisa dela”. Existem coisas incríveis a sua disposição quando você deixa as pretensões ilusórias e mergulha na realidade daquilo que é. Lindo dia!
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