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Por Débora Evangelista

Oportuno compreender em um tempo onde tudo é transformação, que transformar significa transcender a forma, estabelecer mudanças, revisar paradigmas, evoluir com as experiências. Porém é preciso lembrar que as virtudes são perenes e as leis que regem o Universo também. Ser fraterno, cordial, afetivo, respeitoso continua fazendo parte do viver bem e em harmonia. A transformação não pede que você imponha suas ideias à força, que fique lutando por causas que separem as pessoas, que use condutas ou modismos que sejam novas formas de comércio, que enalteçam um novo tipo de escravidão, a da imagem projetada. Também não justifica atos ignóbeis e fúteis em nome do novo. Isto não se trata de transformação ou evolução, mas de novas formas do ego perpetuar-se por meio de discursos de uma pseudo liberdade provocando um congestionamento na percepção de toda a gente sobre o que significa a vida. Há uma insatisfação profunda e íntima sendo projetada coletivamente. Na luta pelo poder está a salvo aquele que entende que liberdade não significa desordem, grito, ascensão pessoal, ações beneméritas gritadas aos ventos virtuais ou qualquer falso brilho que se cultue. A transformação acontece internamente e se expressa em harmonia e trabalho silencioso. Não permita que o bem, o bom e o belo sejam um artigo do passado. Permita que o amor, a ordem divina e a sabedoria caminhem juntos a serviço de sua evolução, a do próximo e a do planeta. Servir sem julgar, oferecer sem desejar podem ser transformadores. Existem formas inteligentes de servir sem o jugo da imposição, do revide, da barganha disfarçada e da perpetuação dos ciclos. O novo pode ser confundido com o velho travestido de melhor. A transformação é íntima. Começa em um local onde ninguém pode observar: dentro de você mesmo. É uma decisão sua, não projetável, não publicável. O mestre ensina: “Poder, você pode tudo. Mas será que deve?” Quando você entende isto, o equilíbrio torna-se sua tônica. Lindo dia!

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